Hoje retorno à vida, ao cotidiano, às situações relevantes e irrelevantes do caminhar.
Volto com o mesmo corpo, mas dentro de mim instigam desejos, anseios, inquietudes...quantos anseios anseiam em se depositar do lado de fora do meu ser. Atitudes coçam meus pensamentos pedindo que o mundo abra uma brecha para tudo se fazer, transformar, acontecer.
A cabeça pensa, fervilha, arquiteta planos, posições e artimanhas para reagir ao mundo, inspirando-me em ideais revolucionários, ousados, utópicos, construtores.
O mundo anseia ajuda, suplica com as dores da humanidade, que deixemos de ser egoístas, que aprendamos a nos virar para todos os lados percebendo o grito do oprimido, sua falta de visão de futuro, sua não perspectiva de uma vida mais digna e melhor.
Ouço gemidos, sussurros, choro e ranger dos dentes...ESCUTEM!!! É possível ouvir, está ao seu lado, nas esquinas, nos becos, na escuridão que se coloca nos olhos, pela falta de coragem ou até mesmo de vontade de acreditar que aquele subjugado pelo mundo é um ser humano e não um lixo.
Voltei, voltei com o peito cheio da coragem, voltei com as mãos firmes pela vontade de trabalhar, construir, fazendo assim, um mundo melhor.
Ah, como aqui dentro de mim fervilham emoções: olhos cheios de lágrimas, coração apertado pela dor alheia, anseios da "luta" sem armas, mas com atos concretos de amor, planos, estratégias de VIDA...da vida que insiste em ser vivida, que grita, que grita...
Voltei, mas não sou mais a mesma, me mesclei em muitas emoções, encontrando-me naquele que pede ajuda...
Voltei...
Voltei...
Voltei...
...mas sei que vou partir novamente e a cada partida voltarei diferente...importando-me com que o outro sente...
É, voltei...
Cibele Palladino
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